Como em qualquer outra atividade relacionada com o negócio, a monitorização e a análise de resultados na Assessoria de Imprensa são fundamentais para medir o impacto da estratégia utilizada para determinada empresa, permitindo revê-la quando se verifique essa necessidade, seja por influência dos resultados, ou por alterações estratégicas de posicionamento.
Relatórios de clipping e análise de relatórios são atividades bastante familiares aos profissionais de relações públicas, sendo uma parte bastante importante do seu trabalho. Afinal, são estas atividades que permitem medir os resultados do seu trabalho ao longo do tempo de colaboração com determinado cliente.
Clipping: O que é e qual a sua importância
A monitorização de notícias e referências sobre determinada organização ou marca – ao que os profissionais de comunicação chamam clipping – é uma atividade familiar para a maioria dos que trabalham em relações públicas. É neste momento que são apurados os resultados da Assessoria de Imprensa.
Esta tarefa pode ser feita manualmente pelo consultor de comunicação, através da pesquisa por palavras-chave sobre determinada empresa nos motores de busca, e hoje pode ser feita com a ajuda de ferramentas como o “Google Alerts”. Alternativamente, pode também ser automatizada através da contratação do serviço a empresas externas especializadas em recolha de clipping, que já utilizam tecnologias avançadas de monitorização, conseguindo, por isso, uma deteção mais rápida e assertiva dos vários resultados.
Através da estruturação e organização destes resultados, é possível medir vários indicadores que são relevantes para a análise da estratégia que está a ser levada a cabo para determinado cliente. Desde o número de vezes que a marca é citada nos meios de comunicação social, em quais é citada com maior frequência, passando pela audiência atingida, até à perceção da reputação, aferida através do tom da notícia. Com base nestes indicadores, é possível perceber a eficiência das ações de comunicação e avaliar a estratégia para os objetivos definidos.
Outra vantagem da monitorização com base em indicadores definidos previamente, é poder estendê-la aos concorrentes diretos e comparar os resultados com os mesmos.
Chegou a vez de transformar o clipping em relatórios: E agora?
À semelhança daquilo que acontece em áreas com uma base mais inerentemente analítica, como as redes sociais, em assessoria, os relatórios são documentos com informação valiosa, mas mais morosos, pelo que é essencial que o consultor de comunicação antecipe esta necessidade, para que possa colocá-la no seu planeamento. O primeiro passo é definir, em conjunto com o cliente, uma periodicidade para a apresentação dos relatórios, que vai depender do tipo de exposição que a organização tem e qual a relação com a agência (se é um projeto de curta ou longa duração).
Após estar definida a periodicidade da apresentação de resultados, é necessário contemplar um planeamento interno que facilite esta análise quando chega a altura dos relatórios. Aqui, o trabalho do consultor fica facilitado quando o cliente recorre ao serviço externo de clipping, o que possibilita a extração de alguma parte dos resultados, já estruturados. Caso contrário, terá de ser criado um modelo que permita esta compilação de resultados, que pode ir desde a tradicional folha de Excel, a modelos mais avançados possibilitados pelas tecnologias já existentes.
Para uma análise eficaz dos resultados, os relatórios devem espelhar os objetivos definidos na estratégia de comunicação, bem como as iniciativas de comunicação realizadas para ir ao encontro dos mesmos. Por fim, devem apresentar o relatório de clipping de modo a espelhar o resultado do trabalho desenvolvido. Estes resultados, quando analisados corretamente tornam-se grandes aliados dos profissionais de comunicação e dos seus clientes, uma vez que revelam pontos fortes e pontos de melhoria.
Afinal, os dados, por si só, não são suficientes. É preciso analisá-los e pensar em como aproveitar esta análise para a melhoria contínua.
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Para ler outros artigos sobre o mundo da comunicação e quais as boas práticas que deve implementar, consulte aqui.
Com cerca de 810 milhões de membros no mundo e quase quatro milhões em Portugal, o LinkedIn é considerada a maior rede social de networking. Com especial foco no percurso de empresas e pessoas, uma presença no LinkedIn tem vários objetivos como encontrar o trabalho certo, conectar com outros colaboradores, fortalecer relações profissionais, e criar brand awareness para futuros clientes.
Atualmente, mais do que rede social associada à empregabilidade, o LinkedIn também foca-se no mundo dos negócios, tornando-se um canal de comunicação privilegiado tanto para os profissionais como para as empresas consegue gerar mais de 277% de leads em comparação ao Facebook ou ao Twitter.
Assim, e porque é tão fulcral para dar a conhecer a sua empresa ou mesmo o seu perfil pessoal, é importante saber destacar-se. Para tal, é necessário encontrar maneiras de beneficiar do algoritmo do Linkedin.
O que é o algoritmo do LinkedIn?
De acordo com o SocialChamp, o algoritmo do Linkedin define o que o utilizador vê no seu feed, desde posts de empresas e de outros utilizadores até tópicos populares ou anúncios. De modo a determinar a probabilidade de o utilizador ver um post, o algoritmo interpreta reações, partilhas, comentários, pedidos de conexão e outros fatores de engagement.
O seu processo passa por quatro fases: o filtro inicial, uma sessão de teste, atribuir pontuação do conteúdo e avaliação pelos funcionários. Com o filtro inicial, o conteúdo é colocado por bots em três categorias:
- Spam
- Low-quality
- High-quality/Clear
Após a fase inicial, o conteúdo é enviado a uma audiência para testar a popularidade do mesmo. Nesta fase, é importante a audiência não reportar o conteúdo como spam. Por essa razão, o conteúdo deve ser bem pensado e apropriado ao LinkedIn.
Depois da sessão de teste, o algoritmo irá pontuar o conteúdo por cada reação, comentário ou partilha que o conteúdo tiver. Com esta pontuação, o algoritmo define se o post é low-quality ou high-quality/clear. No final, se o conteúdo for considerado high-quality ou clear, será avaliado por “funcionários do LinkedIn”. Posteriormente, os funcionários decidirão se enviam o conteúdo para mais pessoas (dentro ou fora da rede do utilizador) ou se terminam o seu percurso.
Os primeiros 60 minutos da publicação de um conteúdo são os mais cruciais e, consequentemente, é importante saber como os utilizadores e empresas podem beneficiar do seu algoritmo. Para tal, foram identificadas cinco dicas:
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Ser relevante
O algoritmo do LinkedIn favorece mais a relevância de conteúdo do que a altura em que foi publicado. É importante mostrar aos utilizadores conteúdo que seja relevante para eles. Para esse propósito, deve ser feito um estudo da audiência e de pesquisa de palavras-chave para saber quais são os tópicos e temas mais relevantes.
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Construir uma rede estratégica
Construir uma rede alargada e diversificada é crucial para expandir uma marca ou desenvolver o utilizador num ambiente profissional. Através de uma estratégia de construção de rede, os utilizadores podem ver a sua marca a alcançar mais pessoas, gerar leads e comercializar-se no LinkedIn. Algumas estratégias incluem convidar conexões para seguir a conta/página e promoção da conta através de outros canais de comunicação, tais como outras redes sociais, website e newsletter.
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Definir as melhores horas para publicar
Definir o horário correto para fazer as publicações é essencial, dado que se um utilizador publicar a um horário em que ninguém esteja ativo poderá demorar horas até que o conteúdo tenha algum tipo de engagement. Por essa razão, é necessário ser definido um horário em que os utilizadores estão mais ativos.
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Criar conteúdo original e envolvente
Para se posicionar no LinkedIn, é importante desenvolver um conteúdo que seja original e envolvente para o utilizador. É necessário incentivar o engagement do conteúdo, através de menções de pessoas e empresas, sendo deste modo mais propício a que estas comentem e partilhem. No caso das empresas, estas podem recomendar aos seus funcionários que partilhem e interajam com as publicações feitas. Adicionalmente, testar vários formatos de conteúdo pode igualmente ajudar a perceber que tipo de conteúdo tem melhor performance.
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Otimizar com o LinkedIn Analytics
LinkedIn Analytics é essencial para quantificar e avaliar a performance do utilizador/página. Os dados fornecidos pelo LinkedIn são importantes para se saber se os objetivos estipulados estão a ser cumpridos ou não. É através dos dados que se pode observar o tipo de conteúdos que estão, ou não, a ser favorecidos pelo algoritmo.
É importante saber como trabalhar em conjunto com o algoritmo de cada rede social, uma vez que será esse algoritmo que irá levar uma publicação a ter mais alcance e engagement. Igualmente importante é estar sempre atualizado nas mudanças do algoritmo, dado que este é alterado todos os anos.
De forma a aumentar a sua presença no LinkedIn, tenha sempre em conta o algoritmo na sua estratégia. Para saber mais acerca de como criar uma estratégia de redes sociais em 2022, consulte o nosso “Ebook: tudo o que precisa de saber sobre estratégias de social” ou entre em contacto connosco.
A pandemia do Covid-19, é um lembrete de que muito do que nos acontece na vida está fora do nosso controlo. As alturas de ameaça emergentes, como a que se tem verificado, são, por norma, ideais para repensar ou reformular a estratégia de comunicação em tempos de gestão de crise de uma empresa.
Neste caso, têm-se verificado vários graus de gestão de crise, que difere de empresa para empresa. No entanto, algumas situações estão diretamente relacionadas com a propagação do vírus e surgem de casos de contaminação interna. Mas, na maioria dos casos, a gestão de crise pode ser insuficiente apenas porque os gabinetes de comunicação das empresas se sentem assoberbados e pouco preparados para comunicar uma situação desta dimensão, primeiro para os seus colaboradores e depois para o mundo exterior.
Assim, existem alguns passos que devem ser tidos em conta ao enfrentar situações de comunicação de crise:
1- Antecipar o acontecimento
A maior mudança que necessita de acontecer prende-se com o modo de pensar das empresas, no que toca a gestão de crise, que devem, sempre que possível, alterar a sua perspetiva de comunicação reativa para planear cenários possíveis proactivamente.
Enquanto que a maioria das empresas pode estar preparada para lidar com a comunicação de crise, algumas podem não antecipar estratégias, igualmente, importantes como mapear os riscos de cada opção e comunicar as fases de recuperação após a gestão de crise. Estratégias de prevenção podem ser, especialmente, importantes em comunicação para redes sociais, onde o feedback é direto e imediato e, no qual a digitalização incentiva a uma mudança, não só na rapidez de resposta como no conteúdo, canal e tom da mesma.
2 – Utilizar a tecnologia a favor da empresa
Em tempos de crise, as ferramentas digitais podem não ser perfeitas, mas têm um papel preponderante no que toca a preservar os dados e, sobretudo, são extremamente importantes em situações de trabalho remoto, por exemplo.
Ferramentas de analítica, seja ela preditiva ou não, podem ajudar a empresa a estabelecer prioridades no que toca a potenciais hacks do sistema, pois ajudam a determinar a probabilidade de ataques. Neste sentido, empresas que investem em tecnologia para salvaguardar a sua cibersegurança estão mais bem preparadas e conseguem, mais facilmente, perceber o que correu menos bem, o que resultou e de que forma se poderá construir melhores parcerias e alianças para o futuro.
3 – Preservar os Valores essenciais da empresa
A Cultura e os Valores da empresa são importantes pilares que ajudam a prevenir uma crise e a guiar a sua resposta perante uma. A atenção aos detalhes e àquilo que é mais essencial para a cultura da organização pode fazer a diferença entre controlo de danos eficaz e situações mais desfavoráveis.
Para que os chefias possam ajudar outros dentro de uma empresa, é necessário, que estes tenham apoio também. Neste sentido, atribuir papéis específico, numa situação de comunicação de crise, poderá ser importante para que, em alturas críticas, todos saibam qual o seu papel e quando é necessário (ou não) envolver mais alguém para orientar trabalhos e ajudá-los a atingir o seu sucesso.
4 – Investir nas abordagens criativas
Diferentes empresas enfrentarão diferentes desafios. Perante este contexto, é importante investir na comunicação interna e solidificar a mensagem corporativa, de forma clara, mas criativa.
A criatividade pode ser o caminho indicado para ultrapassar obstáculos, sejam eles referentes à empresa ou aos seus clientes, de modo a conseguir atingir um público-alvo com transparência, empatia e honestidade, preservando o cariz humano da mensagem.
5- Preparar o regresso
É fundamental que, desde o início, nas estratégias de crise a serem implementadas, estejam também contemplados os possíveis cenários pós-crise, de forma a que as organizações consigam retirar insights sobre como se devem preparar para se tornarem mais robustas neste regresso.
Como todos sabemos, em todas as crises, existem empresas que conseguem adaptar-se mais rapidamente, conseguindo mais facilmente recuperar ou ter um impacto menos significativo do que outras. Segundo a BCG, por exemplo, cerca de 14% das empresas aumentam receita e margem em períodos de crise.
Desta forma, vários são os exemplos de empresas, que anteciparam cenários e mudanças de comportamentos e procuraram tirar partido dos mesmos, alterando o seu modelo de negócio para enfrentar a quebra de vendas e acudir às novas necessidades em tempos de pandemia. Se antes faziam impressões 3D ou peças para automóveis, agora fabricam viseiras. Se antes produziam têxteis ou cerveja, agora fazem desinfetante.
Independentemente dos cenários, é fundamental que as organizações não desvalorizem a importância de se prepararem e criarem uma estratégia de gestão de crise eficaz, porque só assim estarão um passo à frente da sua concorrência.