Plataforma Nau oferece cursos gratuitos aos portugueses

Plataforma Nau oferece cursos gratuitos aos portugueses

Com os portugueses a atravessarem novo período de confinamento, a plataforma NAU reforça a gama de cursos online gratuitos disponíveis para todos os portugueses.

plataforma NAU, um serviço gerido pela unidade da Computação Científica Nacional (FCCN) da Fundação para a Tecnologia e para a Ciência (FCT), e já conta com 100.000 utilizadores que recorrem a esta para avançar nas suas qualificações digitais, de forma gratuita e certificada.

A plataforma disponibiliza cursos versados em segurança e tecnologia (como é o exemplo do cidadão ciberseguro, introdução à informação classificada ou RGPD), mas também para várias outras áreas, como o turismo (tendo estreado recentemente um curso dedicado à iniciação da prova de vinhos), saúde (com cursos sobre cuidados continuados, uso seguro e responsável do medicamento, etc.) e ainda educação (sustentabilidade, comunicação digital, educação inclusiva).

Visite a página NAU e junte-se a uma das 100.000 pessoas que querem fazer parte da comunidade de navegadores que procuram saber mais.

Considerando a quantidade de pessoas que nesta altura estará em casa, sem saber muito bem o que fazer, propor a realização de alguns destes cursos – como os que promovem a segurança digital, tão necessária para se acautelarem contra todo o tipo de abusos que se vão multiplicando na internet – poderá ser uma excelente opção. E, como foi referido, são cursos completamente gratuitos, sem qualquer custo associado.

Publicado, inicialmente, no Blog Aberto de Madrugada.

Pode ver, aqui, outras iniciativas dos nossos Clientes.

6 Tendências de Comunicação para 2021

Tendências de comunicação 2021_bloomcast_

2020 foi um ano de enormes mudanças digitais, após o impacto causado pela Covid-19, mas, quais serão as grandes tendências de comunicação para 2021?

As restrições impostas, ao longo do ano, quebraram os velhos hábitos e, em contrapartida, criaram novos, mas só este ano descobriremos de que forma essas mudanças se tornaram tão vitais. Enquanto que muitos anseiam pelo retorno ao “normal”, outros, já perceberam que a realidade será muito diferente daquilo que conhecíamos, à medida que emergimos com cautela num mundo onde a linha entre o físico e o virtual começa a ser cada vez mais ténue.

Se há algo que a pandemia nos veio ensinar é que a aposta numa forte estratégia de comunicação e no desenvolvimento de um plano de crise são fundamentais, pois, não só permitem às organizações manterem-se à tona, como também saírem desta pandemia numa posição ainda mais forte.

2020 foi um ano totalmente inesperado, mas também bastante desafiante, sobretudo, ao nível da comunicação. As empresas foram obrigadas a rever as suas estratégias de marketing e a adaptar-se, desde a criação dos home office, à passagem de todos os eventos físicos para digitais e ainda ajustarem-se face aos novos hábitos e necessidades dos seus Clientes.

Desta forma, esta nova realidade levou a que grandes indústrias e, consequentemente, as organizações, tivessem de se reinventar e criar novas tendências de comunicação, que se serão ainda mais relevantes neste novo ano. De acordo com a Reuters, 76% dos Líderes das organizações afirma que a Covid -19 veio acelerar os seus planos para a transição digital.

Assim, partilhamos, abaixo, 6 grandes tendências de Comunicação que as organizações devem analisar e considerar  ao delinear as suas estratégias para 2021.

1. Alterações dos hábitos de consumo de conteúdos / notícias:

Com o confinamento, assistimos a alterações no comportamento dos consumidores no que diz respeito ao consumo de conteúdos. Plataformas de séries e filmes, como a Netflix, a HBO, perfizeram  51% do consumo televisivo, no qual foram utilizadas por milhões de pessoas a nível mundial, superando o consumo da televisão tradicional – só a Netflix viu 16 milhões de novas inscrições para seu serviço nos primeiros três meses de 2020.

A nível nacional, de acordo com a Marktest, as duas plataformas principais no mercado português – a Netflix e a HBO Portugal – viram o seu número de subscrições crescer em 800 mil utilizadores, o que significa que quase um milhão de portugueses decidiu aderir às plataformas, apenas entre fevereiro e abril de 2020.

Apesar das plataformas de streaming terem tido um crescimento brutal, também a televisão portuguesa bateu recordes anuais durante o período da quarentena obrigatória. Segundo um estudo da Obercom, o consumo global de conteúdos informativos aumentou 67%, e a nível de leituras online cresceu cerca de 28% acima da média (comparativamente com números pré-Covid-19). Claramente, que a humanização das notícias, através de conteúdos que nos dizem respeito a todos, teve um papel preponderante neste crescimento, uma vez que os consumidores cada vez mais procuram estas fontes para oferecer informação válida a propósito do que está a acontecer à sua volta.

Tal como nas Plataformas streaming, também ao nível dos meios de comunicação, principalmente digitais, se tem registado um aumento das subscrições. Esta situação vem demostrar uma maior predisposição dos consumidores para a aderir a serviços pagos que lhes forneçam os conteúdos desejados, quer em meios de streaming quer noticiosos.

Por outro lado, a acompanhar esta situação, também temos assistido a uma alteração por parte dos órgãos de comunicação social, que são, cada vez mais, os que começam a “fechar” a maioria das suas publicações, apostando mais em conteúdos premium. Recentemente, a Revista Sábado foi um dos meios que também comunicou essa mudança, sendo que, cada vez mais, este ano, assistiremos a esta mudança que está a ser encarada como uma tendência de comunicação.

Tendências de comunicação Media_BloomCast

Tendências de comunicação Media_BloomCast

2. Marketing de Conteúdo:

A velha frase o “conteúdo é Rei” ainda continua a ser um facto.. Dado que , os Clientes ainda são movidos pela procura do melhor conteúdo, apesar da pandemia e da rápida evolução da tecnologia estarem a mudar a forma como o mesmo é entregue. Se há uns anos, criar apenas vídeos e conteúdo visual era o suficiente para que a marca conseguisse envolver um cliente, atualmente, já não o é. Cada vez mais, as organizações são forçadas a procurar novos formatos e canais para se destacarem.

Neste sentido, tornou-se urgente que as empresas aproveitem o conteúdo enquanto ferramenta fundamental para captar a atenção e fomentar o engagement do consumidor no digital, desenvolvendo estratégias sólidas e eficazes, que englobem variados formatos. Desde os tradicionais posts de blog, publicações no Social Media, Vídeos, e-Books, assim como as iniciativas de Branded content, que têm tido um crescimento bastante considerável.

Apesar de não ser novo, o conceito de storytelling manter-se-á, mas adaptado aos novos formatos. Continua a ser imprescindível criar conteúdos que fomentem a emoção e que permitam criar laços mais estreitos com a audiência.

Desta forma, seguindo as grandes tendências de comunicação, vários são os tipos de conteúdos que as empresas devem apostar:

2.1 Conteúdos de Vídeo:

O conteúdo efémero continua a crescer exponencialmente e prova disso é o sucesso do Instagram e do Facebook Stories, levando a que muitas marcas e criadores de conteúdos tenham passado a olhar para estas funcionalidades com outros olhos. Também o crescimento exponencial do Tik Tok em 2020 e o lançamento do Reels no Instagram vieram reforçar a relevância deste formato. Este ano, o formato foi introduzido este ano no LinkedIn (Stories) e Twitter (Fleets), onde os utilizadores podem partilhar pequenas atualizações para as suas audiências.

Os consumidores querem obter informações de forma rápida e fáceis de consumir e, neste contexto, os vídeos curtos e acessíveis por apenas 24 horas preenchem todas essas exigências e, por isso é mais fácil para as empresas conseguirem um maior engagement, por parte dos seus seguidores.

Em 2021, este tipo de conteúdo continuará a ganhar relevo, uma vez que é fácil de criar, devido à sua natureza mais casual e informal, assim como as transmissões ao vivo por meio das redes sociais continuarão em foco, dado que as pessoas começaram a privilegiar este formato de conteúdo e as empresas já se começam a adaptar.

Neste artigo, detalhamos como é que os vídeos serão uma das grandes tendências de comunicação para 2021.

2.2. Conteúdo em Imagem:

Atualmente, o crescimento das redes sociais mais visuais, como o Pinterest, impulsionou a importância do conteúdo em imagem. Esta rede é considerada como uma ferramenta de procura utilizada para encontrar referências para viagens, moda, decoração, receitas de culinária e, por isso, a qualidade das imagens  dos produtos deve ser mais valorizada.

Contudo, importa referenciar que o uso de técnicas de SEO nas imagens será, igualmente, imprescindível, já que o conteúdo visual de uma empresa pode ser encontrado no Google Imagens, por meio da sua descrição.

2.3. Podcasts:

Também o áudio está a ganhar cada vez mais espaço entre os conteúdos digitais, uma vez que podem ser consumidos de uma forma mais fácil, prática e em qualquer lugar. De acordo com a Apple Podcast, existem mais de um milhão de programas e 30 milhões de episódios ativos.  O número de podcasts está a crescer de forma exponencial, sendo que foram lançados mais de 63.000 novos programas só em março de 2020, em comparação com pouco mais de 25.000 adições em setembro de 2019.

Neste sentido, os podcasts estão realmente a destacar-se e não existem sinais de desaceleração, até pelo contrário, continuarão a ser uma das grandes tendências de comunicação para este ano. Até porque, na realidade, este processo é mais fácil do que a maioria considera, uma vez que com as indicações certas, apostar na criação de podcasts poderá revelar um ótimo retorno, dado que é ainda uma ferramenta pouco explorada, comparativamente com os restantes canais de conteúdo, com apenas 1 milhão de podcasts ativos (relativamente a 500 milhões de blogs ativos).

Aqui, identificamos todas as vantagens que um podcast pode representar para uma organização e de que forma pode implementar esta tendência de comunicação.

Tendências de comunicação podcast_Bloomcast

Tendências de comunicação podcast_Bloomcast

3. SEO

Nos últimos anos, as técnicas de SEO (Search Engine Optimization) evoluíram drasticamente quanto as atualizações do Google e, neste momento, requerem muito mais do que desenvolver um ótimo conteúdo. Apesar da importância dos resultados orgânicos que o SEO é capaz de alcançar, é fundamental que se tenha em conta mais do que isso. Isto porque o Google tem vindo a adaptar-se aos comportamentos dos utilizadores, de modo a que estes obtenham de forma rápida à informação pretendida na sua pesquisa.

Desta forma, a organização na sua estratégia deve ter em consideração algumas das seguintes tendências de SEO:

A experiência do utilizador (UX) – é fulcral que se tenha em consideração a experiência dos consumidores com os canais de comunicação das empresas, de modo a que estes ofereçam uma experiência completa. Ou seja, ao acederem a website da marca, os visitantes devem encontrar páginas de carregamento rápido, menus intuitivos e outros elementos que tornem a pesquisa mais rica e eficiente.

–  Intenções de pesquisa dos consumidores – esta tem sido uma das prioridades do Google há muito tempo, sendo que o objetivo é oferecer conteúdos que respondam realmente às necessidades dos utilizadores. Assim, é essencial que procure identificar e compreender as reais necessidades do seu público de forma a desenvolver conteúdos que satisfaçam as suas pesquisas, permitindo assim às empresas obter uma boa posição nos motores de pesquisa.

– Conteúdo Longo De acordo com um estudo da State of Content Report leituras longas, com mais de 3 mil palavras, obtêm três vezes mais tráfego, quatro vezes mais partilhas e 3,5 vezes mais backlinks do que a média de artigos (901-1,2 mil palavras). Esta situação deve-se ao facto de o Google querer garantir ao Consumidor que o conteúdo que estão a consumir é realmente de qualidade e, para isso, é necessário obter conteúdos mais extensos. O que contribui para o aumento do alcance orgânico da marca e para o desenvolvimento da sua autoridade digital, obtendo melhores classificações no motor de pesquisa.

–  Posição Zero no SERP – São as pesquisas que aparecem no topo da página e, neste momento, mais de 50% das pesquisas no Google terminam sem que o utilizador clique em nada. Deste modo, o conteúdo criado deve ser capaz de responder diretamente às perguntas inseridas pelos utilizadores na barra de pesquisa, para que este encontre exatamente o que procura no próprio Google sem ter de clicar em mais nada. Esta é uma tendência que foi implementada no início de março, mas que se irá manter com uma das principais tendências de comunicação para 2021.

– Por último, as empresas devem ter em consideração cada vez mais detalhes comos featured snippets, os rich snippets e o Google My Business, e para técnicas que destaquem os seus clientes nas páginas de respostas a perguntas, por exemplo.

Tendências de comunicação SEO_BloomCast

Tendências de comunicação SEO_BloomCast

4. Eventos Virtuais

Impulsionados também pela pandemia, os eventos virtuais dispararam no ano passado como resposta das empresas à necessidade de não cancelarem totalmente os eventos já planeados. Embora tenham surgido em prol do contexto vivido, tornaram-se, sem dúvida, uma tendência de comunicação para 2021! Os departamentos de marketing descobriram aqui vantagens face aos eventos físicos, mas tiveram de se adaptar para conseguirem tornar estes eventos digitais mais fascinantes.

A principal vantagem de passar estes eventos para o digital é, sem dúvida, a sua disponibilidade e facilidade em participar, desde que tenha uma ligação online em funcionamento, independentemente da sua localização no mundo. Este novo formato permitiu às empresas alcançar audiências inteiramente novas, que, por norma, não estão disponíveis, dar acesso a mais participantes no geral e também conciliar com o streaming, e diferentes instrumentos e plataformas online para tornar o seu evento ainda mais interessante e abrangente.

Para além disso, os eventos virtuais não requerem um grande orçamento, o que significa custos mais baixos e um maior ROI.

Em 2021, os eventos virtuais continuarão a ser uma ferramenta popular, uma vez que, segundo a Marketing Charts, 68% das empresas B2B organizadoras de eventos, refere que o virtual será uma componente cada vez maior dos eventos físicos e que muito possivelmente, no futuro, apostar-se-á mais em eventos híbridos.

5. Vendas diretas através das Redes sociais

Em 2020, o e-commerce atingiu o seu auge, algo que se prolongará em 2021. As vendas através de plataformas como o Facebook, o Instagram e o Pinterest cresceram exponencialmente e ganharam bastante relevo. Exemplo disso é a criação do Instagram Shopping ou a chegada dos pagamentos via WhatsApp que vieram demonstrar que as redes sociais estão cada vez mais integradas no e-commerce.

Esta está a ser uma forma das marcas se reaproximarem dos seus consumidores e, atualmente, está a tornar-se numa fonte de retalho mainstream, igualmente importante a websites e lojas físicas, como explicamos neste artigo.

Posto isto, torna-se essencial que empresas dominem e invistam neste tipo de plataformas, de modo a demonstrarem aos seus Clientes que estão a acompanhar as tendências de comunicação.

Tendências de comunicação Comércio Social_BloomCast

Tendências de comunicação Comércio Social_BloomCast

6. A procura por influenciadores autênticos

Por norma, os influencers são acompanhados por milhões de pessoas, prontas para consumir o que eles divulgam. Mas, se antes os macroinfluenciadores eram a escolha mais segura para as marcas, atualmente, os microinfluenciadores, que têm entre 5000 a 100 000 seguidores, começaram a ganhar cada vez mais espaço. Estes têm um papel mais relevante junto dos seus seguidores e até mesmo com uma taxa de engagement superior aos influenciadores com milhões de seguidores, devido à sua perceção de autenticidade.

Perante este contexto, as empresas estão cada vez mais a investir em influenciadores de nicho de forma a comunicar os seus conteúdos o mais ajustados possíveis aos interesses dos seus consumidores, sendo esta também uma forma de as empresas gerirem os seus orçamentos. Dado que um grupo de microinfluenciadores, com públicos pequenos, mas altamente convertidos, pode ser um investimento mais sensato, do que a parceria com um único macroinfluenciador e mais caro.

Por outro lado, também a personalização e a melhoria da experiência ao Consumidor se assumiram como grandes tendências de comunicação no ano que passou, sendo que, de acordo com o relatório da Hubspot , 71% dos consumidores são mais propensos a fazer compras com base em referências de redes sociais.

Contudo, se há algo que 2020 nos mostrou, é que os consumidores estão profundamente envolvidos com os influenciadores que seguem. E, neste sentido, para além de dicas de moda, novas receitas, decoração, os consumidores querem também saber quais são as causas pelas quais os seus influenciadores preferidos são movidos e as suas preocupações, o que significa que as empresas devem ser criteriosas na identificação dos influenciadores para representar a sua marca, analisando o seu alcance, gostos e de que modo interagem com seus seguidores, para garantir que fazem a escolha correta.

Assim, aliar o melhor canal ao influenciador mais adequado pode ser a receita para as empresas serem percecionadas com maior empatia pelo público, aumentando, consequentemente, o consumo de seus produtos ou serviços e, logo, os seus resultados.

Um exemplo recente deste tipo de apostas é o Minipreço que utilizou a rede social TikTok e os seus respetivos microinfluenciadores para lembrar jovens que os mais velhos estão em risco.

 

 

Todos os anos, chegamos a esta altura e fazemos previsões de quais serão as grandes buzzwords ou tendências de comunicação. No entanto, se há algo que 2020 nos ensinou é que ninguém é capaz de prever exatamente o que acontecerá nos próximos anos, ainda para mais numa altura tão instável como a que vivemos.

Este ano, certamente, novos desafios chegarão, mas se tivermos a capacidade de apontar um caminho, com base numa estratégia e executarmos com foco no cliente, conseguiremos obter resultados inimagináveis.

 

Para saber quais as Tendências de Redes Sociais para 2021 consulte o nosso artigo aqui. Ou se procura mais informação sobre como criar uma estratégia de comunicação eficaz para 2021, contacte-nos! e descubra como podemos ajudá-lo a inovar a sua comunicação.

ACONCHEGAR é palavra de ordem!

ACONCHEGAR, uma Iniciativa que quer aumentar as camas em hospitais

No contexto em que vivemos, ACONCHEGAR tornou-se a palavra de ordem.

Se por um lado, não nos é permitido o toque do abraço que nos aproxima, por outro somos impelidos a apoiar quem necessita, da forma que conseguirmos e que nos for possível.

É em alturas de maior privação que pequenos gestos se tornam tão importantes e transmitem o apoio e, neste caso, o conforto aos que mais necessitam. A pandemia da COVID-19 veio expor fragilidades, como a falta de camas nos hospitais e nas estruturas de retaguarda e é, neste contexto, que surgiu a Iniciativa Aconchegar.

Com o objetivo de ajudar a equipar Estruturas de Apoio de Retaguarda (EAR) e hospitais, através da aquisição e doação de equipamentos necessários ao reforço da capacidade de internamento destas estruturas, nomeadamente com a aquisição de camas articuladas manuais e elétricas, guardas metálicas e colchões anti-escaras. São mais do que materiais, são, por vezes o único aconchego de muitos internados que lhes confere um pouco mais de qualidade de vida, uma vez que atualmente nem visitas podem ser efetuadas.

Face a esta iniciativa, fazia todo o sentido a BloomCast Consulting associar-se e colaborar com a Aconchegar, um projeto liderado em parceria conjunta entre o capítulo português da International Association of Microsoft Channel Partners (IAMCP) – associação de parceiros Microsoft em Portugal e a Fundação São João de Deus. Rodolfo Oliveira, Managing partner da BloomCast, é um dos muitos embaixadores que têm levado a mensagem da Aconchegar mais longe.

Este gesto para além de uma doação é também a divulgação de uma causa que poderá ir mais longe, se todos contribuirmos para tal.

Pode consultar o site da Iniciativa aqui

E quem quiser, pode também contribuir, através dos seguintes meios:
– IBAN: PT50 0035 0481 0000 4895 2300 5
– MBWay: 962 461 004
– MB – Pagamento de Serviços: Entidade 20952 / ref 000 300 000
Envie o comprovativo para aconchegar@fsjd.pt para poder ter o recibo do seu donativo.

A sua ajuda é fundamental!

Sentir a Força: novo mundo, novos canais

marketeer rodolfo oliveira bloomcast consulting

Está a acontecer “um distúrbio na Força”.

Esta é provavelmente uma das mais populares citações de filme. É, sem dúvida, uma frase que resume a situação que atravessamos, tendo em conta o consenso de que este é um momento decisivo na história moderna, em que todas as verdades são questionadas e que os pilares da sociedade e da economia são desafiados.

Se antes as tendências de colocar ciência e factos contra teorias da conspiração e amplificar mitos e notícias falsas pelas redes sociais não eram desafios suficientes, agora somos confrontados com uma revolução de dimensões sem precedentes com a pandemia, e todas as mudanças que a mesma impulsionou.

Há medida que a poeira assenta, e depois das primeiras decisões baseadas na “união para enfrentar o desafio”, começamos a observar mudanças alarmantes.

Indústrias redefinidas

Do lado do negócio, vimos indústrias como o turismo ou saúde a serem inteiramente redefinidas. Tendências-chave incluem a aceleração do e-commerce para endereçar a descida de frequência dos espaços de retalho e a telemedicina, que se tornou algo normal. Em Portugal, todos os principais grupos de saúde e o Serviço Nacional de Saúde estiveram envolvidos em desenvolver soluções para as consultas à distância, com suporte de vídeo.

Deslocar-se para o trabalho está a ser substituído pelo teletrabalho o que impulsiona ainda mais o crescimento do e-commerce. E, acima de tudo, cada vez mais os consumidores querem que as marcas tenham consciência das suas necessidades e pedidos específicos, criando experiências mais personalizadas e impactantes.

Esta nova paisagem cria um desafio para as empresas, que têm de se adaptar rapidamente. Onde é que os consumidores gastam o seu tempo? O que é que fazem quando estão nesse local? Quais são as suas expectativas? Estes são novos desafios que anulam as ideias pré-concebidas. É hora de voltar ao início e redefinir o engagement e a experiência e estar pronto para se adaptar quando necessário, utilizando os novos e crescentes formatos de conteúdos.

Os profissionais de Relações Públicas e os seus clientes têm que assegurar que têm competências para todas estas novas áreas, do conteúdo pago às competências digitais, incluindo os podcasts (que continuam a crescer em termos de alcance e investimento das marcas), e o storytelling, enquanto sendo capazes de medir resultados efetivamente, mostrando o valor para o negócio das iniciativas em curso.

Pico de notícias online

Uma das áreas onde esta mudança pode ser sentida é nos media tradicionais, que têm tido um pico de leitores online, com números ainda bastante elevados (como a Comscore destaca), 28% acima da média (comparativamente com números pré-Covid-19). Apesar disto, não se verifica a mesma tendência nos investimentos de anúncios, já que as marcas não querem apostar no tipo de notícias que as pessoas mais procuram.

Ainda assim, cada vez mais pessoas procuram estas fontes para oferecer informação válida e insights a propósito do que está a acontecer à sua volta, verificando-se um aumento de subscrições em muitos meios de comunicação, principalmente digitais.

Têm também sido criados websites de alguns media reputáveis, com iniciativas de fact-checking, de modo a responder ao influxo de notícias falsas a serem publicadas pelas redes sociais e amplificadas em alguns meios extremistas. Em Portugal, essa iniciativa começou com o Poligrafo, em 2018, um site focado apenas nesse tópico, que já foi, desde então, replicado por inúmeras outras publicações.

O aumento dos Podcasts

A importância crescente dos podcasts tem sido reconhecida em Portugal com o lançamento do novo festival dos podcasts, em 2019. O Podes, combina o ecossistema de pessoas por detrás dos podcasts, educando os visitantes através de workshops e reconhecendo os melhores podcasts em várias categorias.

Globalmente, o Stitcher, uma das principais plataformas (agora parte da SiriusXM), viu o número de podcasts publicados aumentar drasticamente, com um crescimento de mais de 129 000% desde 2010. Adicionalmente, há uma tendência para produzir episódios mais curtos, com um crescimento do formato de mini-série, em que os ouvintes têm oportunidade de sintonizar uma imensidão de temas que lhes interessa.

Portanto, tendo em conta o isolamento que tem sido experienciado e tendo em conta tudo o que está a acontecer, ter acesso a uma audiência focada é critico para as marcas, que continuam a tentar assegurar que estão no top-of-mind. E existem muitos ouvintes novos, especialmente duma camada mais jovem – indivíduos na casa dos 20 anos que estão a construir hábitos domésticos – e, portanto, para encontrar um ambiente inócuo onde o ouvinte está focado, a ouvir e a prestar atenção, os podcasts são um ótimo caminho.

Engagement tradicional

Ao mesmo tempo, os métodos de engagement tradicional como o e-mail marketing, já provaram a sua resiliência, e experienciaram crescimento em 2020, com Taxas de Abertura a aumentar em 21,8% e taxas de clique a aumentar 22,5% mundialmente, de acordo com dados publicados na Adweek.

É por isso necessário desenvolver abordagens estratégicas e táticas, já que, como o John Lennon disse “Life is what happens to you while you’re busy making other plans” (Beautiful Boy/Imagine).

Portanto, é importante que as empresas desenhem um plano mestre, que abranja todas as propriedades e ferramentas digitais, juntamente com mensagens coesas, mas que também esteja preparado para mudar de rumo, caso seja necessário.

A utilização de social listening poderá ser uma ferramenta para identificar tendências e mudanças nos padrões de consumidor, assegurando ainda que as redes sociais são utilizadas e passam as mensagens estratégicas. Certifique-se que as mensagens-chave são desenhadas para cada audiência. Diversifique conteúdo para conseguir assegurar os padrões de recolha de informação, incluído infográficos, vídeo, áudio e conteúdo escrito tradicional, com suporte SEO adequado.

É importante apostar na criatividade! Lembre-se que as pessoas não esperam uma resposta para todas as perguntas e que, numa altura no tempo em que a incerteza é o novo normal, o foco deverá estar em ouvir os consumidores. Pratique a flexibilidade e a adaptação, estando ao lado do consumidor e disponível quando eles estão e em que canal utilizarem.

Os consumidores querem ter alguém em quem confiar, que partilhe os seus valores e princípios e que seja excelente nos mesmos. É isso que deve ser tido em conta. Acima de tudo, mantenha em mente que esperar o melhor ao planear para o pior é sempre a melhor opção.

Que a força esteja com todos nós.

Publicado, inicialmente, no Marketeer, versão online. Artigo de Opinião de Rodolfo Oliveira, Managing Partner da BloomCast Consulting.

BloomCast assume comunicação da ACEMEL

BloomCast Assume comunicação ACEMEL

A Associação dos Comercializadores de Energia no Mercado Liberalizado (ACEMEL) entregou a sua comunicação à BloomCast Consulting. A cargo da agência ficará a assessoria mediática da associação, tendo como objectivo “reforçar a visibilidade e a notoriedade da ACEMEL enquanto player de referência no mercado de energia em Portugal”.

“A energia é, simultaneamente, um serviço essencial e um factor de competitividade económica, que atravessa um período de profunda transformação, e em cuja cadeia de valor os comercializadores têm um papel fulcral. É com satisfação que nos unimos à ACEMEL para a divulgação das suas actividades, e dos seus membros, no ecossistema”, afirma Rodolfo Oliveira, managing partner da BloomCast Consulting.

Fundada em 2018, a associação reúne 18 empresas do sector e pretende “contribuir para o desenvolvimento de um mercado de energia cada vez mais transparente, equitativo e próximo dos consumidores, em alinhamento com reguladores, instituições públicas ou players incumbentes”. Ao mesmo tempo, tem como objectivo “promover e divulgar matérias ligadas ao funcionamento do sistema energético nacional num contexto de desenvolvimento sustentável, realçando o papel essencial das comercializadoras que actuam no mercado liberalizado em Portugal

 

Mais informações aqui .

In  Meios e Publicidade.

Ebook: A personalização da newsletter como chave na comunicação

Ebook_newsletter_Guidebook_Bloomcast

A newsletter (E-book) é uma ferramenta utilizada para comunicar regularmente com os seus subscritores, e deve consistir numa comunicação relevante para a empresa, composta por artigos e outros conteúdos pensados e definidos para os clientes, sendo frequentemente acompanhada de ofertas especiais ou promoções com o propósito de oferecer uma atualização diária/semanal/mensal do negócio, produtos e serviços.

Em termos de jornada do consumidor, o objetivo de uma newsletter não é vender, mas sim proporcionar uma informação que seja suficientemente aliciante para o levar ao site – e aí sim, fechar a venda. Ou seja, numa primeira instância, a newsletter promove um clique no Call To Action – mas como 35% dos marketeers enviam aos seus clientes 3 a 5 e-mails por dia, é importante que cada uma seja altamente personalizada e relevante.

 

newsletter

Porquê criar uma campanha de newsletter?

A newsletter é uma das melhores formas de adquirir novos clientes, e de fidelizar antigos, já que possibilita o envio de mensagens que criam um sentimento de proximidade com o leitor. Atualmente, as pessoas estão constantemente a ser bombardeadas com informações, pelo que não conseguem absorver tudo o que leem ou veem e, nesse sentido, uma boa newsletter criará uma perceção positiva por parte dos Clientes e colaboradores da sua organização. Desta forma, com a frequência correta, é possível não deixar o Cliente esquecer-se da sua marca, sem ser insistente ou invasivo.

O que comunicar?

Uma newsletter apenas é bem-sucedida se o seu conteúdo for apelativo. Ao determinar que conteúdo utilizar, é importante ter em conta a regra 80/20: 80% do conteúdo deve ser educacional e apenas 20% promocional. Os subscritores estarão sempre mais disponíveis para comprar se a substância da newsletter se dedicar a informação relevante relativa à sua indústria e interesses.

 

Para saber mais sobre Newsletters, consulte o nosso Newsletter Guidebookque faz parte dos BloomCast Content Seriesum documento desenvolvido pela BloomCast Consulting com o objetivo de fornecer informação útil e facilmente acionável para definir a linha comunicacional que deve ser utilizada na criação de campanhas de e-mail marketing. Nele poderão encontrar as melhores práticas bem como algumas estatísticas e factos relevantes em relação a este formato.

Faça o download aqui! 

Iniciativa ‘Aconchegar’ quer levar uma cama a quem mais precisa

Iniciativa 'Aconchegar' quer levar uma cama a quem mais precisa

Perante a crise pandémica que o país atravessa, a iniciativa ‘Aconchegar’ visa aumentar o número de camas disponíveis em estruturas de apoio de retaguarda e hospitais nacionais e precisa de ajuda.

O capítulo português da International Association of Microsoft Channel Partners (IAMCP) – associação de parceiros Microsoft em Portugal – lançou uma campanha que visa a angariação de fundos ‘Aconchegar‘. O objetivo da iniciativa é aumentar o número de camas disponíveis em estruturas de apoio de retaguarda e hospitais nacionais.

Numa altura em que o país atravessa uma pandemia, o projeto ‘Aconchegar’ nasceu para dar resposta à necessidade de levar conforto a todos os que mais precisam. “A pandemia da COVID-19 expôs fragilidades, como a falta de camas, nos hospitais e nas estruturas de retaguarda. O nosso objetivo é contribuir e ajudar através dos materiais necessários, para providenciar mais qualidade de vida às pessoas”, pode ler-se no portal da iniciativa.

Em comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso, Miguel Guerra, da IAMCP, refere que, para ampliar este movimento, a organização está a “incentivar a colaboração de todos os associados e de outras personalidades e amigos enquanto ‘embaixadores’ da causa. Temos já a confirmação de pessoas como Paula Panarra, General Manager da Microsoft Portugal, Fernando Braz, Country Manager da Salesforce, Rui Paiva, Co-Fundador da WeDo, ou Miguel Sobral, CEO da Vortal, e algumas figuras públicas, entre as quais Bruno Ferreira, Luís Filipe Borges, Nilton, Pedro Fernandes e Vasco Correia. Nunca a expressão ‘juntos somos mais fortes’ teve tanta importância”.

O site da campanha, que poderá consultar aqui, divulgará regularmente o saldo angariado e os esquipamentos que já foram comprados e entregues.

As doações podem ser feitas por transferência bancária, por MBWay, por multibanco através da função pagamento de serviços e mediante iniciativas empresariais e dinâmicas de recolhas de fundas.

À data deste artigo, já foram doadas 20 camas articuladas, 10 camas elétricas de elevação, 33 colchões anti-escaras e 60 guardas metálicas.

Publicado, inicialmente, em Notícias ao Minuto. 

Ebook: Blogs, uma biografia da sua organização

Blog, uma biografia da sua organização

Um blog (E-book) é um tipo de conteúdo comunicacional capaz de trazer bastantes vantagens para o seu negócio. Com a criação de artigos ou “posts” sobre determinado tema, consegue não só posicionar—se enquanto especialista no assunto, como também humanizar a organização, através da partilha de histórias sobre colaboradores ou clientes, demonstrado um lado menos formal para além da esfera corporativa.

É importante reter que a presença digital de qualquer organização é hoje obrigatória para corresponder à procura dos consumidores e canais de comunicação, como é o caso dos blogs, têm tido um papel preponderante na resposta a esta.

O que é um blog?

Um blog é uma forma digital de comunicar com clientes e interessados, que tem vindo a ganhar relevância neste período de reinvenção dos diversos tipos de negócio. À semelhança de outras ferramentas como o podcast ou o webinar, os blogs procuram atrair potenciais clientes interessados pelo seu conteúdo e estes, particularmente, são uma excelente forma de obter feedback de quem o consome.

O conteúdo a ser desenvolvido depende de cada tipo de negócio: o ideal, como referido, seria abordar temas diretamente associados ao serviço ou produto da organização para, não só garantir que os leitores estariam interessados em continuar a seguir a organização, mas também para posicionar-se como especialista, acabando por atrair continuamente potenciais leads relevantes.

Boas-práticas para criar o seu blog

Apesar de ser um conteúdo aparentemente simples de construir, exigindo acima de tudo tempo, existem algumas guidelines que devem ser tidas em conta aquando se pretende seguir esta linha comunicacional.

Primeiro, num período onde as fake news estão cada vez mais presentes nas redes de consumo rápido, e com sensivelmente 66.6% dos europeus a consumir estas informações falsas semanalmente, é importante garantir toda a veracidade do conteúdo que será escrito e publicado. A imagem da organização pode ser prejudicada caso se verifique que o seu blog partilha informação incoerente ou completamente errada. Para além disso, é importante garantir que existe uma continuidade na criação de conteúdo. Adicionalmente, um blog desatualizado deixa de ser relevante para o seu negócio. Para além de garantir que os conteúdos existentes são atuais, é importante procurar a publicação regular de artigos, para construir uma base de seguidores que crescerá com o tempo. Um bom blog é intemporal e capaz de atrair novos leitores frequentemente.

Numa fase onde a oferta excede a procura, é importante procurar cumprir todas as pequenas etapas que possam destacar o seu conteúdo dos restantes, de forma a reter e cativar uma audiência interessada e interessante para o que pretende desenvolver.

Ferramentas a utilizar para o seu blog

A criação e manutenção de um blog  são tarefas que exigem empenho, tempo e persistência de forma a garantir que este está a par das tendências e atualidade relevante. Ainda assim, não têm que ser realizadas sem ajuda. Existem inúmeras plataformas e ferramentas que podem auxiliar, não só na implementação e partilha de conteúdo redigido, mas também na otimização do SEO das páginas, na estratégia de marketing para os artigos online e ainda com a análise à analítica mais relevante, para si e para a sua organização, dos artigos publicados.

Estas ferramentas devem ser exploradas uma vez que reduzem o tempo despendido na criação de conteúdo para o blog, permitindo assim um foco maior em outros assuntos, como o próximo artigo a escrever.

Para saber mais sobre blogs e outros tipos de conteúdo, consulte o nosso Blog Guidebook, que faz parte dos BloomCast Content Series um documento desenvolvido pela BloomCast Consulting com o objetivo de fornecer informação útil e facilmente acionável para definir a linha comunicacional que deve ser utilizada na criação de conteúdo. Nele poderão encontrar as melhores práticas para criação dos diversos conteúdos bem como algumas estatísticas e factos relevantes em relação aos diferentes formatos.

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O reset da comunicação e a experiência do consumidor

Rodolfo Oliveira, O reset da comunicação e a experiência do consumidor

Porque os ciclos acabam e há sempre um novo dia, porque o empreendedorismo e a inovação ganham força renovada em momentos de transformação, e porque o sucesso de amanhã começa a ser construído hoje, antecipar e preparar a resposta às oportunidades que podem surgir quando ultrapassarmos a situação atual (o FMI antecipa uma recessão global de 4,9% em 2020) é essencial. E Portugal até já é um forte inovador, de acordo com o European Innovation Scoreboard, numa lista prestigiada que inclui Alemanha, Áustria e França, o que é um excelente indicador.

Vivemos uma nova realidade, em que tudo o que assumimos como imutável ou valor seguro deixa de ser verdade, o que cria uma natural insegurança a todos os agentes económicos, e é essencial perceber as mudanças em curso e como essa nova realidade está a afetar comportamentos. E quais são as tendências que já conseguimos identificar? A resposta encontra-se em alguns dados que são já conhecidos – os processos digitais aceleraram-se, o comércio eletrónico cresceu (veja-se a reformulação da iniciativa comércio digital), o teletrabalho expandiu-se de forma acelerada, as pessoas procuram mais informação para a tomada de decisões e são mais criteriosas nas decisões que tomam, sendo que também esperam mais das organizações do que apenas a criação da melhor oferta, com a sustentabilidade e o propósito a ganhar um maior protagonismo. Um recente estudo da Accenture (COVID-19 will permanently change consumer behavior) confirma estas tendências, com os seus resultados a indicarem que os consumidores procuram de forma crescente o comércio local, têm maiores preocupações com o consumo sustentável e, naturalmente, estão mais preocupadas com aspetos relacionados com a sua saúde.

Por outro lado, há também mudanças na forma como os consumidores acedem à informação e uma maior procura por fontes credíveis. Por exemplo, o Instagram está rapidamente a ganhar espaço ao Twitter como fonte de informação (2020 Reuters Institute Digital News), liderado pelas gerações mais jovens. Se os padrões de consumo e as expectativas dos clientes mudam, a experiência do cliente nas interações com as empresas tem de ser redefinida, uma vez que passa a um formato eminentemente digital e virtual.

Como resultado, a comunicação ganha um novo protagonismo para esclarecer e informar todo o ecossistema de stakeholders das organizações, mas é necessário reinventá-la e inovar arriscando novas abordagens, uma vez que muitos dos processos tradicionais de comunicação perderam eficácia pela mudança do lado dos clientes ou não são de todo possíveis pelas limitações impostas neste período. As marcas têm de adaptar e pensar como chegar aos seus clientes de forma eficiente, porque não comunicar, em época de crise, é claramente uma opção a evitar, porque irá gerar uma maior incerteza relativamente à empresa.

Digital primeiro

E uma vez que o período que atravessamos criou uma realidade digital em que a pesquisa e validação da informação que necessitamos diariamente é feita online, uma presença diminuta ou menos ativa tem um impacto claro no negócio e na sua evolução. De forma simplificada, porque o digital é uma realidade demasiado abrangente e abarca todas as dimensões da organização, há que assegurar uma coerência de mensagens e uma abrangência de canais que permita manter uma melhor experiência para os clientes, do website ao email marketing, das redes sociais ao contacto telefónico.

A prioridade é estar ao lado dos clientes e do restante ecossistema, mostrar empatia e proximidade, e isso implica repensar a forma como o negócio é gerido e perceber como potenciar as mudanças criadas pela transição digital. Implica também integrar a comunicação no plano de negócios, como uma das variáveis a ter em consideração, porque é fundamental pensar que tipo de informação queremos disponibilizar, onde e como. A palavra de ordem aqui é flexibilidade e avaliar quais as melhores opções em cada caso, fugindo de forma clara das soluções one-size-fits-all.

Seja um mercado B2B ou B2C, a expectativa é de uma crescente personalização e individualização, de criação de uma experiência autêntica, o que exige flexibilidade na adaptação da comunicação e uma maior rapidez na sua implementação. A tecnologia é a chave para criar essa personalização, e os conteúdos a base para a comunicação dessas experiências, criando experiências inovadoras e criativas com as tradicionais media relations, o branded ou sponsored content, as redes sociais, entre outros. O que irá diferenciar e destacar a mensagem das empresas face às restantes é a qualidade dos conteúdos e, ao mesmo tempo, a preocupação com o seu interlocutor e com as suas prioridades individuais.

Publicado, inicialmente, no Dinheiro Vivo, versão online. Artigo de Opinião de Rodolfo Oliveira, Managing Partner da BloomCast Consulting.

Gestão de Crise em tempos de COVID-19

Gestão de Crise

A pandemia do Covid-19, é um lembrete de que muito do que nos acontece na vida está fora do nosso controlo. As alturas de ameaça emergentes, como a que se tem verificado, são, por norma, ideais para repensar ou reformular a estratégia de comunicação em tempos de gestão de crise de uma empresa.

Neste caso, têm-se verificado vários graus de gestão de crise, que difere de empresa para empresa. No entanto, algumas situações estão diretamente relacionadas com a propagação do vírus e surgem de casos de contaminação interna. Mas, na maioria dos casos, a gestão de crise pode ser insuficiente apenas porque os gabinetes de comunicação das empresas se sentem assoberbados e pouco preparados para comunicar uma situação desta dimensão, primeiro para os seus colaboradores e depois para o mundo exterior.

Assim, existem alguns passos que devem ser tidos em conta ao enfrentar situações de comunicação de crise:

1- Antecipar o acontecimento 

A maior mudança que necessita de acontecer prende-se com o modo de pensar das empresas, no que toca a gestão de crise, que devem, sempre que possível, alterar a sua perspetiva de comunicação reativa para planear cenários possíveis proactivamente.

Enquanto que a maioria das empresas pode estar preparada para lidar com a comunicação de crise, algumas podem não antecipar estratégias, igualmente, importantes como mapear os riscos de cada opção e comunicar as fases de recuperação após a gestão de crise. Estratégias de prevenção podem ser, especialmente, importantes em comunicação para redes sociais, onde o feedback é direto e imediato e, no qual a digitalização incentiva a uma mudança, não só na rapidez de resposta como no conteúdo, canal e tom da mesma.

2 – Utilizar a tecnologia a favor da empresa

Em tempos de crise, as ferramentas digitais podem não ser perfeitas, mas têm um papel preponderante no que toca a preservar os dados e, sobretudo, são extremamente importantes em situações de trabalho remoto, por exemplo.

Ferramentas de analítica, seja ela preditiva ou não, podem ajudar a empresa a estabelecer prioridades no que toca a potenciais hacks do sistema, pois ajudam a determinar a probabilidade de ataques. Neste sentido, empresas que investem em tecnologia para salvaguardar a sua cibersegurança estão mais bem preparadas e conseguem, mais facilmente, perceber o que correu menos bem, o que resultou e de que forma se poderá construir melhores parcerias e alianças para o futuro.

3 – Preservar os Valores essenciais da empresa

A Cultura e os Valores da empresa são importantes pilares que ajudam a prevenir uma crise e a guiar a sua resposta perante uma. A atenção aos detalhes e àquilo que é mais essencial para a cultura da organização pode fazer a diferença entre controlo de danos eficaz e situações mais desfavoráveis.

Para que os chefias possam ajudar outros dentro de uma empresa, é necessário, que estes tenham apoio também. Neste sentido, atribuir papéis específico, numa situação de comunicação de crise, poderá ser importante para que, em alturas críticas, todos saibam qual o seu papel e quando é necessário (ou não) envolver mais alguém para orientar trabalhos e ajudá-los a atingir o seu sucesso.

4 – Investir nas abordagens criativas

Diferentes empresas enfrentarão diferentes desafios. Perante este contexto, é importante investir na comunicação interna e solidificar a mensagem corporativa, de forma clara, mas criativa.

A criatividade pode ser o caminho indicado para ultrapassar obstáculos, sejam eles referentes à empresa ou aos seus clientes, de modo a conseguir atingir um público-alvo com transparência, empatia e honestidade, preservando o cariz humano da mensagem.

5- Preparar o regresso

É fundamental que, desde o início, nas estratégias de crise a serem implementadas, estejam também contemplados os possíveis cenários pós-crise, de forma a que as organizações consigam retirar insights sobre como se devem preparar para se tornarem mais robustas neste regresso.

Como todos sabemos, em todas as crises, existem empresas que conseguem adaptar-se mais rapidamente, conseguindo mais facilmente recuperar ou ter um impacto menos significativo do que outras. Segundo a BCG, por exemplo, cerca de 14% das empresas aumentam receita e margem em períodos de crise.

Desta forma, vários são os exemplos de empresas, que anteciparam cenários e mudanças de comportamentos e procuraram tirar partido dos mesmos, alterando o seu modelo de negócio para enfrentar a quebra de vendas e acudir às novas necessidades em tempos de pandemia. Se antes faziam impressões 3D ou peças para automóveis, agora fabricam viseiras. Se antes produziam têxteis ou cerveja, agora fazem desinfetante.

Independentemente dos cenários, é fundamental que as organizações não desvalorizem a importância de se prepararem e criarem uma estratégia de gestão de crise eficaz, porque só assim estarão um passo à frente da sua concorrência.

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